quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dor


Sinto um calor quente no pescoço
como se uma alma penada me soprasse.
Dou por mim deitada imobilizada, inerte…
A náusea inicial dá lugar a um pulsar e sinto-me viva.
Algo me empurra para um sítio onde não quero ir
tenho de ter os olhos abertos se quero realmente ficar.
O suor afinal não era um inimigo
mas um sinal de temperatura excessiva no corpo.
E se eu morresse agora aqui neste instante?
Claro que não acontecerá nada demais,
a natureza e a humanidade seguirão seu curso
Algumas pessoas se amarão com loucura
outras pessoas se odiarão com aparente ternura...
Olho para a frente as feridas estão expostas
sou poesia inacabada de um poeta a dormitar…

(Janeiro 2010)
 


1 comentário:

  1. Esta realmente mexeu comigo!!! Eu soube mais tarde do que tinha acontecido... foste muito corajosa, amiga!
    Gosto muito de ti... adorei, arrepiei-me!

    ResponderEliminar