FINAL DE VERÃO

É final de verão

Tarde ainda quente, ardente

O dia cai numa rapidez derrepente…

Queria ser amor, queria ser paixão

Queria ser neve em pleno verão.

Queria ser um beijo, queria ser ternura

Queria ser algo e não sombra de verão.

O sol é para qualquer estação

É como um amigo que brilha eternamente

Alguém que ampara e estende a mão.

Mas eis que chega o frio

E vem com a intenção de ficar…

A alma fica serenamente vazia

Tal como as folhas que o vento leva.

Se a vida é vazia, deixa que seja

Apenas senta nesta mesa

E tenta ver o sol que teima em não brilhar

Pois é lá que está a lágrima
Que deixou dos seus olhos... escapar.

Ai palavras, ai palavras…

Que extraordinária e estranha força a vossa!

O sentido da vida é estar vivo…

Tão claro, tão óbvio, tão simples…

Busquem o sentido da vida,

Vivam nela!!!!

ZF

De regresso ao blog ao fim de quase 2 anos...

Cada letra que escrevo e cada palavra

que soletro escorre uma lágrima pelo meu rosto…

é o meu jeito de chorar…

Escuro vejo o céu

Afirmo que não é o meu!

Olhando para o céu

Observo-o tão cinzento

Como a chuva límpida

Que cai dele com fervor

Molhando a terra seca ferida

Assim és tu meu amor…

Há beijos de cinema mas também há beijos de verdade, como aqueles do final feliz, com a esperança de felicidade eterna…

Um beijo perfeito, por vezes mais outro, inspirar e olhos nos olhos, tentar parar, racionalizar o prazer, subestimar o momento, tentá-lo embaraçoso e apaixonante.

E num ápice, as mãos atrevem-se mais que o beijo, o corpo acorda num esplendor acelerado e a alma adormece, inerte e sem sonhos, isenta de culpa. Não há antes nem depois numa fusão de tal calibre. A técnica exige-se perfeita, um beijo assim é uma forma subtil de sexo, de tão obsceno na sua ostentação pública, e não é para todos. Serão duas pessoas dotadas para a perfeição do amor instantâneo, para criar aquele instante...

Sussurram-se palavras quebradas a meio, as bocas afastam-se, para sustentar a magia, presa por um fio de saliva e mal os níveis de oxigénio são repostos, regressa-se ao real… serão beijos de cinema???

Paz...

Que bom estar assim…

Serenamente envolta nos meus pensamentos...

Preciso tanto desta calma que me rodeia

Deixem-me estar assim...

Permanecer o tempo que for preciso nesta paz!

Preciso deste ar...deste embalar...

Preciso mesmo!

Deixem-me estar assim....

Falei ao mar

Falei ao mar em tom de súplica,

Em noite calma pedi brandura…

Deu-me o seu sal, águas nubladas,

ondas enormes, braços cansados…

Falei de novo… - “Ó mar poderoso…

Dá-me um só barco que me leve ao lar

da alma esquecida pelo verbo Amar…”

E o mar respondeu-me:

-“ A alma em si terá de navegar para se poder encontrar!”

Alma...

Procuro a minha alma… onde está?

Procuro-a, pergunto se a viram…

Sinto-me vazia, carente de valor

A minha alma partiu…

Não a encontro nas vielas sombrias da vida

Mas o meu sopro continua aqui…

Desolada, fui até ao rio

Completamente cansada e triste.

Adormeci neste meu estado de espírito.

De repente tudo à minha volta se move

A minha alma funde-se saída daquele rio

Sem que eu me mexesse…

Que conforto! O rio devolve-me a alma!

Saio com uma alma mais leve e tranquila

Para regressar à vida a que estou destinada…

A minha briosa vida…